Dezembro 13, 2017

Conferência do clima é iniciada na Alemanha sem os EUA

Soluções Ambientais

No dia seis de novembro, começou na cidade de Bonn, a 23ª Conferência do Clima da ONU, a COP-23. Este ano, o país sede são as Ilhas Fiji, mas o evento ocorre na Alemanha, pois o governo local afirma não ter estrutura capaz de receber 25 mil pessoas, entre elas chefes de estado, ambientalistas e a imprensa de todo o mundo. E desta vez não contará com um dos grandes gigantes industriais, os Estados Unidos.

O não-comparecimento dos EUA amplia o desafio que as nações empenhadas têm em conter as mudanças climáticas. No ano passado, mais precisamente em junho, o presidente Donald Trump decidiu retirar o país do Acordo de Paris, mesmo a nação sendo uma dos maiores poluidoras do planeta, e tendo antes se comprometido a cumprir relevantes metas, como a de diminuir 28% das emissões até 2025, em relação aos níveis de 2005.

O objetivo do acordo é fazer com que o planeta tenha sua temperatura média aumentada em, no máximo, 2ºC até 2030, em relação aos níveis pré-industriais.

Fiji foi escolhido como país sede do evento como uma tentativa para pressionar pela necessidade de seguir o acordo. O país que é localizado no Pacífico, já precisou realocar uma cidade inteira devido ao avanço do mar, causado pelo aquecimento global.

O Brasil que tem um bom histórico na COP, por seu empenho na redução do desmatamento da Amazônia, será especialmente cobrado por retrocessos recentes.

Nos últimos 12 meses, o congresso tentou diminuir a proteção de áreas preservadas, como a Reserva Nacional de Cobre e Associados (Renca) e a Floresta Nacional do Jamanxim, e o desmatamento na floresta amazônica aumentou 29%, segundo o Inpe — pior índice desde 2008. Será preciso muito empenho das nações, se quiserem, de fato, cumprir o acordo.